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Mostrando postagens de agosto, 2011

5 - Empresas na Amazônia e 6 - as propostas das minorias

      Chegada de empresas na Amazônia; O Rio é a Rua na floresta Amazônica. Os povos milenares da região sobrevivem com a produção própria e a preservação da floresta é condição para essa economia regional . O desenvolvimento tem que partir dessas comunidades, não tão somente de fora para dentro, como sempre aconteceu neste modelo de crescimento adotado pelos militares e perpetuado até os dias de hoje, apesar de todos os avanços ecológicos que ainda estão mais no campo do discurso e reação às exigências da lei do que no da ação. Os povos tradicionais criaram tecnologias de sustentabilidade reais e a existência desses povos a milhares de anos comprova que é possível desenvolver em harmonia com a natureza sem o que se chama de lavagem social, em troca de cultura e as empresas exploram, destroem e sujam. A catequese e conversão para um modelo que de fato inclua a sabedoria tradicional tem que acontecer dentro das empresas. O local action é importane mas não suficiente para combater a v

4-Avanço dos grupos econômicos e agronegócios, mineradoras, rumo à Amazônia Legal;

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O cenário do Brasil contemporâneo no campo é conseqüência de um modelo nacional desenvolvimentista criado pelo regime militar e que persiste nos dias atuais principalmente no campo, na região Norte do país, em um local conhecido como o Polígono da Violência. É a continuidade de uma proposta antiga que se mantém até hoje, mesmo com todo o discurso ecológico (green washing). É na fronteira da Amazônia Legal: Tocantins, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Rondônia que estão os maiores avanços expansionistas do agronegócio. A expansão é acelerada e violenta. Há milhares de anos os povos tradicionais da Amazônia viviam em equilíbrio com a natureza e as suas terras foram distribuídas para estes grupos econômicos, num processo de ocupação violenta da região.   As terras das comunidades locais foram reduzidas e estão concentradas entre as grandes propriedades, facilitando o confronto e camuflando crimes agrários. Dessa forma começou a escalada de violência. A pressão expansionista dos grupos econ

3-Novo Código Florestal (a ser votado no Senado Federal);

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A legislação precisaria ser mais rigorosa e está sendo flexibilizada.  Crimes cometidos na Amazônia seriam perdoados se cometidos até 2008. Até hoje, dos mais de 800 assassinatos que aconteceram apenas 9 mandantes dos crimes foram para o banco dos réus, 8 foram condenados e somente 1 cumpre pena atrás das grades. Charge: Latuff A lei não assusta ninguém e agora os crimes contra o meio ambiente serão apagados .   O crime fundiário já foi perdoado pelo governo Lula, a grilagem é a falsificação dos títulos de propriedade , existem atualmente cerca de 30 milhões de hectares de terras griladas . A PROPOSTA DOS QUE LUTAM PELA TERRA NO NORTE DO PAÍS É QUE: Essas terras sejam retomadas pelo estado e redistribuìdas às populações, mas as terras foram regularizadas em até 1.500 hectares pelo governo e após 3 a 5 anos os proprietários, antigos grileiros ainda vão poder vendê-las.  Existe ainda a condição de laranjas para terras acima de 10 mil hectares.

2-Divisão do estado Pará;

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Para José Batista a divisão do estado do Pará em: Carajás (poder com os ruralistas), Tapajós (idem) e Pará (Jader Barbalho) só fortalece o poder, as formas de controle dos grupos econômicos que no final são os que pagam a conta das candidaturas dos políticos. O plebiscito chama sociedade para o debate, para enfrentar os reais problemas de fundo, que são: ·          Expansão acelerada e violenta do agronegócio que avança pelo Tocantins, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Rondônia rumo à Amazônia; ·          Mineradoras; ·          Pecuária extensiva (as regiões onde tradicionalmente eram ocupadas pelo pasto, hoje perderam suas terras para as grandes plantações de grãos e cana-se-açúcar); ·          Madeireiros; ·          Soja e eucalipto, este último têm crescido a olhos vistos; ·          Luta pela terra, água e biodiversidade; ·          Revoltas sociais nas obras de construção da Hidrelétrica de Jirau (“22.000 trabalhadores elevam a voz contra as más condições de trabalho, contra maus

1 -Histórico e as raízes dos conflitos em toda Amazônia Legal;

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O cenário do Brasil contemporâneo no campo é conseqüência de um modelo nacional desenvolvimentista criado pelo regime militar e que persiste nos dias atuais principalmente no campo, na região Norte do país, em um local conhecido como o Polígono da Violência . A pressão expansionista dos grupos econômicos (sejam eles, madeireiros, grileiros, grandes proprietários de terra e mineradoras ) sobre o solo, a floresta e as comunidades tradicionais ( pescadores, remanescentes de quilombos, ribeirinhos e indígenas, além de posseiros com atividade familiar agrícola ) não é fiscalizada e configura um cenário agrário-extrativista imediatista e sem visão de futuro . A Amazônia, durante muitos anos, foi vista pelos estudiosos como um “deserto verde”, ou seja, era considerada um lugar onde não havia ninguém, só mata. Todos acreditavam que sua ocupação teria acontecido há pouco tempo e por um pequeno número de habitantes, mas estudos recentes apontam exatamente o contrário, os povos das floresta

CONFLITOS TERRITORIAIS E CAPITALISMO COGNITIVO NO BRASIL RURAL

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  Aula - d ia 17 de agosto CONEXÕES UNIVERSIDADE  Foto: J. Vitorino   José Batista, palestrante convidado e Ivana Bentes (Coordenadora Geral do Conexões Universidade) José Batista, Advogado e membro da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra – CPT – além de um dos articuladores nacionais da Rede Nacional dos Advogados Populares – Renap - e membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (seção Pará), foi o convidado especial desta aula curso de extensão da Escola de Comunicação da UFRJ, criado em parceria com o Grupo Cultural AfroReggae.  Ministradas em formato de seminários, as aulas acontecem todas as quartas, das 11h às 13, no Auditório da ECO, na Praia Vermelha. Os temas das aulas aprofundam o debate sobre as questões abordadas no programa de TV Conexões Urbanas.  Durante o seminário José Batista falou sobre: 1. Histórico e as raízes dos conflitos em toda Amazônia Legal; 2. Divisão do estado Pará; 3. Novo Código Florestal (a ser vo

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

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“Fraternidade e vida no planeta”  Lema: “A criação geme em dor de parto” (retirado da carta de São Paulo aos Romanos 8,22) A Campanha tem como objetivo geral “contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta”. Realizada por todas as dioceses do Brasil, a Campanha da Fraternidade foi criada em 1964 e esta é a quarta vez aborda um tema relacionado à preservação da natureza e do meio ambiente. Em 1979, foi discutido o tema “Preserve o que é de todos”; em 2004, “Água, fonte de vida”; e, em 2007,”Vida e missão neste chão”, falando da Amazônia.

Brasil produtor de alimentos imediatista no presente, sem visão de futuro

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Com, José Batista - Advogado e membro da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra – CPT. Um dos articuladores nacionais da Rede Nacional dos Advogados Populares – Renap e compõe a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (seção Pará). O cenário do Brasil contemporâneo no campo é conseqüência de um modelo "nacional desenvolvimentista" criado pelo regime militar e que persiste nos dias atuais principalmente no campo, na região Norte do país, em um local conhecido como o Polígono da Violência . A pressão expansionista dos grupos econômicos (sejam eles, madeireiros, grileiros, grandes proprietários de terra, mineradoras e obras do PAC ) sobre o solo, a floresta e as comunidades tradicionais (pescadores, remanescentes de quilombos, ribeirinhos e indígenas, além de posseiros com atividade familiar agrícola) não é fiscalizada e configura um cenário agrário imediatista e sem visão de futuro. Mesmo os povos tradicionais ainda provocam e sempre provo

Conexões Universidade

Conexões Universidade

Valoração de Passivos

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A idéia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente caótico, é, na verdade, organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população.  Um exemplo pode ilustrar esta idéia: Na monarquia dos séculos passados os rei produziam as riquezas e vendiam à sociedade numa espécie de monopólio. A partir do século XVIII todos passaram a produzir, nascia o ambiente competitivo via preço e qualidade.   Adam Smith “pai da teoria econômica” disse em sua obra mais conhecida: “Uma Pesquisa Sobre a Natureza e as Causas das Riquezas das Nações”, publicada em 1776, que a perseguição pelo interesse individual contribui para o bem social, os competidores só tem uma saída: baixar os preços e melhorar a qualidade. A sociedade é quem ganha. Ele defendeu a tese de que existe um mercado que é benéfico, quando ele é livre, nascia o liberalismo e a Teoria do bem-estar social. Mas onde o mercado falha? Surge a regulação e a formalização da teoria e