Problema da Idade Média no Rio de Janeiro: saneamento

Problemática da Lagoa e da Baía de Guanabara é o excesso ou falta de algo

Um corpo de água muito nutrido não é positivo, torna-se hipertrófico. No caso da Lagoa Rodrigo de Freitas o problema é o excesso de nutrientes, uma causa natural antiga de eutrofização  (excesso de nutrientes, compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio), atualmente agravada pelo homem. O resultado do somatório das reações de produção e consumo na Lagoa são os processos de reciclagem, as algas e peixes absorvem os nutrientes da água para dentro da célula, quando morrem devolvem para água o nutriente gerando o processo de reciclagem.

A solução seria aumentar o efluxo. Na Lagoa, para se controlar as entradas de nutrientes, o indicado é a construção de um cinturão de coleta de esgoto. Quanto ao “anfiteatro de montanhas” do entorno da Lagoa, as grandes chuvas que serão cada vez mais freqüentes seguindo a lógica das mudanças climáticas, vão gerar um mega afluxo de nutrientes e cargas. Para aumentar os efluxos na Lagoa o alargamento e prolongamento do Canal do Jardim de Alah é tida como a solução mais adequada para o restabelecimento da condição dinâmica de estuário do local.

Na Baía de Guanabara ocorre o  inverso. Não há como aumentar efluxos, o mecanismo de remoção dos nutrientes é a maré, água que entra do mar possui baixa taxa de nutrientes.Problema: o que sai da Baía é muito mais do que o que entra, não há gerenciamento sobre a amplitude da maré. Solução: no caso da Baía, deve-se voltar as atenções para o afluxo. Embora tenha mega capacidade de saque o depósito ainda é maior. A solução é diminuir o depósito com o saneamento de todo entorno e diminuir os afluentes. 

Cerca de 7 milhões de pessoas vivem no entorno da Baía e lançam seus efluentes, domésticos e industriais in natura na Baía. Estamos no século XXI tendo que enfrentar os problemas medievais no Rio de Janeiro,saneamento, educação, moradia, segurança alimentar e saúde.

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